Segunda, 01 de Dezembro de 2025 00:38
Amazonas PODER JUDICIÁRIO

STF mantém prisão preventiva de Jair Bolsonaro após violação de tornozeleira eletrônica

Corte confirma, por unanimidade, decisão de Alexandre de Moraes após registro de tentativa de rompimento do equipamento

24/11/2025 20h08
Por: Lucas Prata
STF mantém prisão preventiva de Jair Bolsonaro após violação de tornozeleira eletrônica

A 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por unanimidade, manter a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O julgamento, realizado em sessão virtual extraordinária concluída nesta segunda-feira (24), confirmou a decisão tomada no sábado (22) pelo ministro Alexandre de Moraes, que decretou a prisão após a violação da tornozeleira eletrônica ser identificada pelo sistema de monitoramento.

A votação contou com a adesão dos ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin e Cármen Lúcia, formando placar de 4 a 0. Com isso, Bolsonaro segue detido em uma sala da Polícia Federal em Brasília, enquanto aguarda novas decisões judiciais.

 

Violação do equipamento motivou prisão

A reversão da prisão domiciliar ocorreu na madrugada de sábado. Em despacho, Moraes informou que o Centro de Integração de Monitoração Integrada do Distrito Federal registrou a violação da tornozeleira às 00h08.

As investigações apontam que Bolsonaro teria tentado romper o equipamento utilizando um ferro de solda.

Segundo o ministro, o ato caracteriza tentativa de fuga, favorecida pela confusão gerada durante uma manifestação convocada por seu filho, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).

Em seu voto, o ministro Flávio Dino anexou um texto no qual classificou a mobilização como uma “insuportável ameaça à ordem pública”. Ele também mencionou a recente fuga do deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) para os Estados Unidos e outras tentativas de evasão de apoiadores do ex-presidente.

“As fugas citadas mostram profunda deslealdade com as instituições pátrias, compondo um deplorável ecossistema criminoso”, afirmou Dino.

 

Contexto da condenação

A prisão preventiva ocorre dentro do processo em que Bolsonaro foi condenado, em setembro, pela 1ª Turma do STF, a 27 anos e três meses de prisão, em regime inicial fechado.

Por 4 votos a 1, ele foi considerado culpado por liderar uma organização criminosa armada cujo objetivo seria promover um golpe de Estado após sua derrota eleitoral em 2022.

A Turma já rejeitou os primeiros recursos apresentados pela defesa de Bolsonaro e de outros seis condenados na mesma ação. O prazo para a apresentação de novos embargos de declaração termina nesta segunda-feira (24).

A jurisprudência do STF indica que recursos adicionais podem ser considerados “meramente protelatórios”, o que pode antecipar o início do cumprimento da pena.

Com informações da Agência Brasil

Nenhum comentário
500 caracteres restantes.
Comentar
Mostrar mais comentários
* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
Ele1 - Criar site de notícias